Lobotomia foi um procedimento cirúrgico desenvolvido na década de 30 para tratar pacientes com doenças mentais graves, como esquizofrenia e depressão. A técnica consistia em realizar uma lesão no córtex pré-frontal do cérebro, com a finalidade de diminuir a atividade mental do paciente e, consequentemente, amenizar os sintomas da doença. Apesar de ter sido considerado como um importante avanço na psiquiatria, a lobotomia foi alvo de diversas críticas por conta dos seus efeitos colaterais. Muitos pacientes submetidos à técnica apresentaram dificuldades em controlar as emoções e o comportamento, além de perda de memória e outras habilidades cognitivas. Nos anos 50, a técnica foi amplamente utilizada nos Estados Unidos e em outros países, como o Brasil, gerando controvérsias e polêmicas no meio médico. Com o surgimento de novos medicamentos e tratamentos psiquiátricos, a lobotomia caiu em desuso e hoje é considerada uma prática obsoleta e perigosa. Apesar disso, a lobotomia ainda é lembrada como um marco na história da psiquiatria e da neurociência, que ajudou a compreender melhor o funcionamento do cérebro humano e, consequentemente, aprimorar os tratamentos para doenças mentais. Hoje, os pacientes com essas condições podem contar com terapias e medicamentos mais eficazes, que não provocam danos irreversíveis no cérebro.
